Mesa de debate com o convidado TC Silva e a convidada internacional Yunuen Torres Ascencio, com mediação de Dai.
TC Silva é músico, compositor, arranjador, construtor de instrumentos musicais, fundador e coordenador da Casa de Cultura Tainã (Campinas – SP) e diretor musical da Orquestra de Tambores de Aço. Articulador do Movimento Negro Unificado desde 1972.
Yuny Torres Ascencio é uma mulher P'urhépecha, de Cherán, Michoacán, dedicou grande parte de sua vida a promover e fortalecer a cultura e os direitos das comunidades indígenas. Seu trabalho tem se concentrado em processos culturais, de memória e comunicação para defender o direito dos povos de se comunicar e se expressar, usando a mídia comunitária, principalmente o rádio e o cinema, como ferramentas de resistência e construção coletiva.
Dai é graduada em geografia, ativista de direitos digitais desde 2010. Coordenadora da Rede comunitária Associação Casa dos Meninos, membro do Comitê de Redes comunitárias desde 2020 e educadora em direitos digitais. Atua como analista de tecnologia na Ação Educativa.
A proposta consiste na criação de um painel artístico composto por cerca de 200 dobraduras em formato de nuvens, cada uma contendo mensagens reflexivas sobre os temas centrais da CryptoRave: privacidade, segurança e liberdade. Os participantes poderão interagir com as nuvens, manipulando as dobraduras para ler as mensagens escondidas, promovendo uma experiência lúdica e engajante que reforça a importância da autonomia digital e da conscientização coletiva.
A linguagem é uma das mais importantes manifestações de resistência de populações que são historicamente discriminadas, além de ser uma das mais importantes categorias de apropriação das tecnologias digitais. Para esta atividade convidamos ativistas experientes e recém-chegades para um intercâmbio de modelos de linguagens que podem nos ajudar na resistência e no cuidado digital.
"Vivemos uma crise de infoxicação que nos desvitaliza por colonizar nossa atenção". Assim começa o manifesto poético "crista da onda, olho do furacão", escrito por ana pura e publicado pela Publication Studio São Paulo em 2024 como denúncia à atual economia da atenção que baseia o capitalismo de vigilância contemporâneo. Vamos ler conjuntamente o manifesto e perceber como o texto se desdobra nas experiências de cada participante, tecendo vivências de como somos afetades por esse cistema. E mais que isso: como seria uma qualidade de atenção mais regenerativa e que sustente novos oásis em que podemos superviver e não apenas sobreviver? Esta é a evolução do trabalho apresentado na Cryptorave 2023.
Com o avanço de movimentos anti-trans e o alinhamento das maiores redes sociais com o governo Trump e o fascismo, que estratégias podem ser utilizadas para que ativistas trans possam continuar a ter voz, visibilidade e a fortalecer a luta por direitos de forma segura online? Nessa sessão realizaremos uma oficina básica de cuidados digitais para ativistas trans e aliades e também um diálogo sobre segurança, ativismo e vivências trans na Internet que temos hoje.
Um espectro ronda a internet: o espectro do comum da tecnologia, da política e da ecologia dos movimentos sociais contemporâneos. Mas esse espectro está enfraquecido, continuamente sugado pelas Big Techs. Por isso nosso comum precisa de muito carinho, especialmente na criação de infrastruturas autônomas para os fluxos comunicação, organização e memória coletivas.
Como transmitir e armazenar dados sem depender de serviços tóxicos das redes de vigilância extracionistas que nunca foram comprometidas com nenhuma pauta popular, muito menos com democracia direta e inclusão de fato? Como avançar na prática para a construção de infraestruturas digitais autônomas comuns? Como botar a mão na massa, seja com um simples mini-computador (Beaglebone, RockPI, Raspberry Pi, etc.) ou até com um rack de datacenter comunitário?
Uma oficina sobre Fediverso dividida em duas partes: Teórica, sobre o conceito, história e tecnologias e prática, com a orientação para a criação de contas nas instâncias e a publicação de posts.
Talk sobre o movimento de HomeLab e Self Hosting.
Apresentação sobre opções baratas e como reaproveitar equipamentos encontrados no Brasil, como mini pcs, tv box, laptops usados ou computadores simples. Atividade para estudos de reforçar a prática do uso de tecnologias com softwares de código abertos que pode ser usado em sua casa no dia a dia ou na sua comunidade.
Também explico sobre o caso do homelab montado no hackerspace Laboratório Hacker de Campinas, projeto com repositório para mais interação da comunidade para replicar self hosting.
Abertura para que os participantes compartilhem ferramentas, software ou experiências boas ou ruins com HomeLabs.
This workshop will first provide an overview of the concept of digital resistance, with historical and contemporary examples from several categories such as low tech, digital labor, cryptography, autonomous digital infrastructures, and digital forensics. The workshop will then map out digital resistance practices with the audience. The workshop will be conducted in English, but contributions in Spanish and Portuguese are welcome.
Esta atividade mobiliza os conceitos de colonialismo digital, acumulação primitiva de dados e racialização codificada para refletir criticamente sobre o atual processo de digitalização da saúde no Brasil, enfatizando que o protagonismo predatório das Big Techs na definição e oferta de inovações tecnológicas representa uma ameaça ao direito universal ao saúde e ao conjunto de Sistema Único de Saúde
Filme
7FF on¢idia / Super8 + data + filmagens apropriadas / HD / 08:12 / sonoro / 2017
+ informação: kkinema.com.br
Venha libertar sua máquina na CryptoRave 2025!!
Nós do Núcleo de Tecnologia do MTST gostariamos de um stand para nos aproximar das pessoas participantes do evento. Ofereceriamos ao público a nossa cartilha de Soberania Digital Popular a partir do movimento sociais (https://nucleodetecnologia.com.br/cartilha/), além de adesivos e bottons. Gostariamos de fazer sorteio de outras coisas como camisetas, livros e o que mais pudermos levar que tenha a ver com o evento. O stand seria um espaço para conversar com o público, apresetnação dos nossos projetos de forma mais estruturada e um espaço de discussão e construção de relações.
Pirataria de propriedade intelectual, contorno de paywall e acesso massivo a artigos científicos são práticas das BigTechs de IA defendidas por seus acionistas como necessárias para o desenvolvimento da tecnologia, mas no passado tais práticas eram criminalizadas e aqueles que as executavam eram perseguidos.
Esse painel tem como objetivo discutir essas práticas no âmbito da democratização versus centralização do conhecimento a partir da Inteligência Artificial.
Como agir nas brechas da sedução algorítmica? Como experimentar outras formas de presença, atenção e relação frente a plataformização e sequestro de futuros nos espaços digitais que habitamos? Este é um convite pra explorar como programas performativos podem ser uma ferramenta para se reapropriar da nossa presença nas redes.
Journalist Natalia and technologist Babak will explore how media professionals and tech experts can join forces to challenge the power of Big Tech.
As gigantes da tecnologia vêm expandindo seu poder para o setor agrícola nos últimos anos. Com isso, temos visto o aumento da concentração de terras, do endividamento e da dependência social. Afinal, o que podemos fazer para resistir à feudalização digital do campo e melhorar nossa vida e autonomia?
Propomos uma atividade que tem a finalidade de questionar o capitalismo de vigilância, a discriminação algorítmica e a hierarquização de existências, promovendo uma reflexão crítica sobre gênero, corpos, privacidade e cuidados digitais, em um mundo que reproduz as diversas formas de opressões, por meio da cultura dos dados e plataformas. Além disso, colocaremos em pauta a questão do excesso de produção, consumo e descarte, com a utilização de materiais descartados e resíduos têxteis para a confecção das máscaras por meio do upcycling.
A atividade será dividida em três momentos:
1) Roda de conversa sobre os medos que atravessam as corpas LGBTQIAPN+, gestão de identidades e privacidade;
2) A confecção de máscaras com resíduos têxteis, que desafiem a captura e classificação dos rostos
3) Baile com DJS onde as pessoas participantes testam suas máscaras.
Decolonial storytelling debunking necessity to reboot a Cypherpunk mythology captured by white american men and open to radical intersectional imagination.
Vamos discutir e debater sobre os motivos, objetivos, técnicas comumente usadas e como ataques de desinformação podem impactar as pessoas e nossa sociedade como um todo.
A palestra explora como a internet atua como um espaço essencial para a construção de identidade e fortalecimento do senso de pertencimento das comunidades PCD e LGBTQIAP+. Ao conectar indivíduos que compartilham experiências, desafios e culturas diversas, o ambiente digital promove representatividade, apoio mútuo e inclusão. A atividade destaca os impactos positivos dessas conexões virtuais no desenvolvimento pessoal e na luta por direitos, enquanto reflete sobre os desafios que ainda precisam ser superados no mundo online.
Lançamento do livro "Una bolsa de semillas: Ciencia ficción feminista en Abya Yala". Na língua Kuna, Abya Yala significa "terra de sangue vital" e, com o tempo, o termo foi adotado por movimentos indígenas e descoloniais para substituir a designação eurocêntrica de "as Américas". De autorias atravessadas por experiências nesta terra de sangue vital que surgiram as histórias do livro. Como um dos resultados, a ciência invocada — o "sci" em "fi" — também reconhece (e emerge de) nosso conhecimento e sabedoria locais e ancestrais. Essa sessão tem o objetivo de, por meio de leitura dos contos por algumas das pessoas que escreveram essas histórias, abrir um debate sobre os imaginários que emergem quando pensamos em ficção científica escrita desde nossos corpos-territórioso. Qual o papel dessas fabulações na construção de imaginários de futuro e das tecnologias contemporâneas?
Bichinha do mangue / Vídeo, imagens geradas con IA e videoStories do Instagram / duração: 4′ 13” / ano 2023
+ informação: carlalombardo.com
Esta charla es una historia personal donde contaré mi experiencia de ser una persona que pasó su vida peleada con la tecnología, riéndose de ella sin ganas de aprender por cuenta propia y peleada con la tecnología. Hace dos años descubrí la importancia de la seguridad digital y la privacidad en el ámbito de la justicia social y mi relación con la tecnología cambió. Desde entonces me interesa aprender y enseñar sobre seguridad y privacidad digital. Me siento empoderada y ahora mi objetivo es empoderar a quienes necesitan protegerse en el mundo digital y ayudar a quienes simplemente quieren comprender mejor cómo navegar de manera segura.
Este camino me ha llevado a trabajar en Derechos Digitales, organización latinoamericana, dónde estoy ayudando a crear un programa de formación en seguridad digital que pueda ser útil a personas en toda América Latina. Es la historia de una mujer peleada con la tecnología que ahora se siente empoderada.
Relatar a experiência de construir, colaborar e manter sistemas informacionais numa organização social horizontal considerando todas as dores e prazeres envolvidos messe feito.
A ideia é contar o que deu certo, o que deu errado, e todo o aprendizado concretizado ao longo da criação, manutenção e conclusão de projetos.
Nesta palestra introdutória, vamos explorar os fundamentos da cultura de segurança e como, aliada às ferramentas open source disponíveis, ela é essencial para nossa autodefesa em uma era de vigilância constante. Abordaremos a segurança como um compromisso coletivo, destacando sua natureza dinâmica e adaptável, e refletiremos sobre a privacidade como um direito fundamental.
Como utlizar LLMs de forma local com privacidade e sem censura por fora das bigtechs.
Apresentação sobre OpenWRT e redes de computadores, voltada para pessoas que desejam operar as suas redes internas e diminuir a sua dependência de sistemas e serviços com pouca transparência.
A proposta consiste na criação de um painel artístico composto por cerca de 200 dobraduras em formato de nuvens, cada uma contendo mensagens reflexivas sobre os temas centrais da CryptoRave: privacidade, segurança e liberdade. Os participantes poderão interagir com as nuvens, manipulando as dobraduras para ler as mensagens escondidas, promovendo uma experiência lúdica e engajante que reforça a importância da autonomia digital e da conscientização coletiva.
A web, que nasceu livre e descentralizada, foi transformada em um ambiente controlado por grandes empresas que monetizam dados e manipulam a atenção dos usuários. Frente a essa realidade, é necessário refletir sobre caminhos para recuperar a autonomia e a descentralização das informações, elementos essenciais para uma gestão democrática do que é produzido e romper com o modelo vigente de capitalismo de vigilância.
A atividade consiste em uma apresentação que explora as interseções entre liberdade e técnica no contexto das máquinas digitais. Serão abordados conceitos filosóficos sobre técnica e tecnologia, além de exemplos históricos que ilustram como o conceito de liberdade foi subvertido para moldar o uso social dos dispositivos tecnológicos. Ao final, a proposta é promover uma roda de conversa, incentivando reflexões e proposições sobre formas de ressignificar e subverter o uso das tecnologias em nosso cotidiano.
Desenvolvimento de instâncias do Fediverso de médio a grande porte (primeiro uma de Mastodon) hospedadas aqui e moficadas. Não dá mais para viver de Instagram, Facebook, X e Whatsapp, nunca deu, mas depois dos anúncios da Meta de 07 de janeiro há uma atenção crescente e procura de movimentos sociais e ONGs progressistas por alternativas tecnológicas. É a hora de expandir o uso de rede sociais livres e federadas, sem impulsionamento e sem filtros-bolha! Crescer de milhares para milhões. Venha entender e fazer parte do processo!
Nesta oficina técnica e colaborativa, os participantes terão a oportunidade de simular a criação de uma rede comunitária de internet a partir de um mapa territorial. Com foco nos aspectos técnicos da construção da rede, o exercício propõe uma imersão prática para pensar infraestrutura, cobertura, propagação de sinal e desafios físicos do território. A partir de um ponto de entrada de internet e recursos limitados, cada grupo deverá idealizar, planejar e desenhar uma rede que atenda às necessidades da comunidade local. A oficina convida a repensar a tecnologia de forma enraizada no território: uma infraestrutura de rede que nasce do olhar e da lógica da própria comunidade.
Em muitas profissões, manter uma presença virtual tornou-se uma expectativa e é praticamente considerado "parte do trabalho". No entanto, para muitos indivíduos e comunidades, estar em espaços online frequentemente envolve o risco de violência e intimidação. Pesquisas que investigam a proliferação da violência e dos ataques em plataformas demonstram que esse não é um problema isolado ou único - e pode estar se agravando. No entanto, tanto evidências empíricas quanto relatos de criadores de conteúdo destacam um paradoxo do ambiente digital: embora possa facilitar a violência e a exclusão, também oferece oportunidades de conexão, colaboração e educação. Nesta sessão interativa, discutiremos experiências vividas sobre o tema e, coletivamente, mapearemos estratégias e práticas de prevenção e cuidado digital inspiradas em métodos feministas. Nosso objetivo é fortalecer coalizões em torno de um problema que tem impactado ativistas - incluindo a comunidade da Cryptorave - , pesquisadores, militantes e jornalistas além de ampliar a conscientização sobre as consequências do assédio mediado por tecnologia e as medidas preventivas disponíveis. Por fim, buscamos inspirar práticas de resistência e cuidado baseadas em evidências para enfrentar esse tipo de violência.
Há dez anos, achamos um baralho no lixo, e descobrimos que ele conta verdade mesmo quando diz mentiras. Ainda vivos em 2025, voltamos para apresentar uma nova edição do Carteado OpSec, depois de fins de mundo, pandemias, cataclismos e do fascismo 4.0.
Venha tirar suas cartas e ouvir histórias em mais uma sessão de azar e exorcismo ao redor do aconchego de uma lâmpada de LED, no meio da distopia e com fundo musical arrepiante!
Alerta de gatilhos: Todos.
Toda a sua vida em um clique. E, fácil assim, criminosos acessam os nossos dados pessoais e conseguem realizar os mais diversos golpes. Essa "mágica" tem nome: painéis de consulta. Vamos conhecer um pouco sobre os painéis de consulta, essas ferramentas que são alimentadas por grandes vazamentos de dados corporativos.
Conhecendo alternativas viáveis e descentralizadas para substituir serviços de big techs.
Nesta palestra abordaremos a implementação do AmneziaWG para contornar a censura estatal e das ISPs sobre VPNs no interior da rede Nym.
Exploraremos como esse protocolo engana agentes de vigilância e apresentaremos o funcionamento da mixnet da Nym, que proporciona privacidade por meio de múltiplos saltos, reordenamnte de pacotes e adição de tráfego falso.
Por fim, exporemos os zk-nyms; uma tecnologia criptográfica descentralizada que garante privacidade ao realizar autenticações, pagamentos ou utilizar serviços digitais; e seus possíveis usos.
Na área da tecnologia persiste uma ideia da separação entre o 'técnico' e o 'político', como se algum trabalho ou projeto pudesse ser explicitamente técnico e desconectado da materialidade política. Esta divisão é o que nos impede de atuar efetivamente como força de mudança. Eu desejo encontrar uma aproximação entre Hal Finney e o movimento Cypherpunk com a esquerda radical para gerar uma síntese capaz de realmente atuar no mundo real. A ideia é que encontremos um propósito de libertação política, soberania digital e construção de um futuro melhor no nosso trabalho técnico, seja ele o desenvolvimento de aplicativos, protocolos de criptografia ou redes descentralizadas.
As redes sociais não são apenas plataformas de publicidade – seu produto essencial é a moderação. Elas determinam o que pode ser dito e quem pode falar, moldando o debate público. Nos últimos anos, as Big Techs começaram a recuar desse papel, pressionadas por acusações de censura e ameaças regulatórias. Enquanto Zuckerberg afirmou que o Facebook não deveria ser "árbitro da verdade", Elon Musk flexibilizou a moderação do Twitter, permitindo o retorno de discursos extremistas, o que levou a protestos institucionais, como o boicote das universidades alemãs ao X.
Diante disso, governos são pressionados a agir, mas enfrentam um dilema: a falta de moderação degrada o espaço público, enquanto a regulação excessiva pode ameaçar a liberdade de expressão. A solução passa por governança comunitária, onde a informação seja tratada como um bem comum e a moderação ocorra de forma transparente e participativa. Redes federadas como Mastodon mostram que a descentralização técnica é possível, mas o desafio real é a criação de instituições comunitárias que garantam regras claras, monitoramento descentralizado e mecanismos acessíveis de resolução de conflitos.
Com a padronização da criptografia pós-quântica (PQC) pelo NIST, iniciou-se uma corrida para sua aplicação e um grande interesse da mídia, muitas vezes marcado por desinformação e exageros.
Nesta apresentação, exploraremos como o NIST chegou à padronização, as diferenças entre métodos tradicionais e pós-quânticos, incluindo as falhas já encontradas nestes métodos, os riscos de ignorar essas mudanças, os desafios de implementação e as oportunidades de mercado para quem adotar as novas tendências.
Nosso objetivo é ajudá-lo a decidir se vale a pena atualizar seus serviços baseado em fatos e evidências sólidas.
Os algoritmos genéticos, inspirados na evolução natural, têm se mostrado ferramentas poderosas para resolver problemas complexos de otimização. Mas e se aplicarmos essa abordagem à criptoanálise? Nesta palestra, vamos explorar como técnicas evolutivas podem ser usadas para quebrar cifras clássicas como César, Vigenère e Playfair. Discutiremos o funcionamento dos AGs, desde a representação da população até operadores como mutação e crossover, e veremos exemplos práticos de ataques automatizados que evoluem ao longo do tempo para encontrar chaves criptográficas. Se você curte segurança, computação evolucionária e quer ver códigos antigos caindo diante da seleção natural, essa palestra é para você.
Protocolos DeFi costumam ter política monetária rígida, centralizada, visando criar commodities. A atividade busca introduzir a moeda como instrumento político e social, apresentar projetos reais de economia descentralizada como as moedas sociais, crédito mútuo, além de teorias, tecnologias e protocolos que permitem novas formas de federação e colaboração. Propor meios de colaboração temporários, a economia de festival, e como ela pode ser a chave para criar bens comuns. E abrir espaço para discutir a aplicação prática dessas ideias
O que aconteceria se um doce infinito chegasse na casa de alguém que só havia mordiscado melado antes?
Isso eh o que anda passando em algumas comunidades, onde a internet passava longe e agora entrou porta a dentro, sem pedir licença. Como lidar?
Quais os impactos nas vidas das pessoas?
Como consumir, ou melhor, como não ser consumido pelo trator de conteúdos?
Roda de Código é uma performance coletiva na qual algoritmos são escritos colaborativamente para gerar som e/ou imagem em tempo real. O código é compartilhado entre os participantes e projetado, juntamente com as imagens geradas, permitindo que o público acompanhe a evolução do código e sua relação com o resultado final.
Tocando o t-error e decodificando as mensagens por trás do mundo dos bancos de imagens!
Um show de "Eroz Ortográficos" e a poesia como confusão algorítmica na criação de uma comunicação criptografada por meio de neologismos poéticos: Post Punk Demia - Ficção Paulo - Free Soft War são alguns exemplos que giram em torno de suas improvisações de na colagem do pensamento ao vivo.
As produções são todas experimentais e a performance sonora conta com zero conhecimento musical.
Um show de erros!
"Atacando IA generativa com Filosofia e Sociologia" explora as implicações éticas, sociais e filosóficas do uso de IA. A abordagem busca entender como a IA pode ser enganada através de conversas direcionadas não a tecnologia, mas sim ao comportamento do seu humano.
Conheça o Meshtastic, um projeto de código aberto com estrutura off-grid. aprenda como criar redes mesh descentralizadas usando tecnologia LoRa, permitindo a troca de mensagens de longo alcance sem depender de internet ou torres de celulares. Conseguindo implementar com um custo interessante.
Na palestra, serão abordadas as quatro liberdades fundamentais do software livre: a liberdade de executar o programa, estudar seu código, modificar e compartilhar as modificações. Também será discutida a distinção entre software livre e código aberto, esclarecendo a filosofia por trás de cada termo. Além disso, vamos explorar como você pode contribuir com projetos de software livre, seja desenvolvendo código, reportando bugs, participando de traduções ou ajudando na divulgação. A palestra destacará a importância de apoiar projetos brasileiros e internacionais, mostrando formas práticas de colaboração.
Como as redes descentralizadas como ActivityPub, Fediverso, Mastodon, WT.Social e outras estão ajudando as comunidades a terem
indepedência e soberania de seus dados frente ao avanço do modelo centralizador e opressivo das Big Tech numa clara tentativa de tornar todos
nós vassalos das mesmas.
A atividade abordará o tema do vazamento de nudes e do revenge porn, discutindo as implicações legais, sociais e psicológicas dessas práticas. Serão explorados conceitos como consentimento, privacidade e violência digital, destacando o impacto dessas exposições não autorizadas nas vítimas. Além disso, serão apresentados métodos de mitigação de risco, incluindo boas práticas de segurança digital, estratégias de prevenção e recursos jurídicos disponíveis.
Filme
7FF on¢idia / Super8 + data + filmagens apropriadas / HD / 08:12 / sonoro / 2017
+ informação: kkinema.com.br
A IA Generativa é incrível e pode ser aplicada para fazer coisas benéficas e maléficas. Tudo depende da intenção. Atualmente ainda não existe uma regulação que delimite até onde se pode ir, então no cenário atual, o céu é o limite. Uma das aplicações extraordinária e fantástica da IA generativa é na arte, onde essa interseção entre arte e IA tem revelado um universo de possibilidades que extrapola a simples estética visual. Essa fusão tecnológica se transforma em um poderoso instrumento para ressignificar narrativas, tornar o aprendizado e a educação mais atraentes e criativos, preservar a cultura tornando-a mais acessível e interativa, resgatar histórias invisibilizadas e, sobretudo, dando voz e espaço para aqueles ou aquelas que tiveram suas contribuições apagadas ou subestimadas ao longo da história.
A palestra apresenta o desenvolvimento da ferramenta " Acha Spyware" baseada na Mobile Verification Toolkit (MVT), adaptada ao contexto brasileiro. A MVT é uma ferramenta open source eficaz na detecção de spywares, mas sua interface por linha de comando limita o acesso a usuários sem conhecimento técnico. A ferramenta " Acha Spyware" desenvolvida com HTML, CSS e JavaScript e utilizando API FLASK em python para conexão oferece uma interface gráfica intuitiva que roda localmente, garantindo privacidade e segurança, já que os dados não são enviados para servidores externos.
Voltada para jornalistas, ativistas e organizações da sociedade civil, a "Acha Spyware" busca democratizar o acesso à análise forense consentida, permitindo a verificação de processos em execução, permissões e atividades suspeitas em dispositivos móveis.
O projeto é desenvolvido pela organização sem fins lucrativos Todas as Letras, focada em inclusão e direitos digitais de LGBTI+ e mulheres, e foi finalista no edital Malhas, da Associação Data Privacy Brasil. Após a palestra, o público poderá participar da oficina “Tem spyware no meu celular?”, com demonstração prática no evento CryptoRave.
A atividade proposta consiste em uma fala sobre a pesquisa de mestrado que desenvolvo atualmente no Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, que tem como objetivo explorar a estética do erro através de suas diversas apresentações, bem como a maneira a qual essas práticas se desenvolvem, possibilitando diferentes apreensões tanto da arte, quanto da tecnologia. Nesse contexto, uma apropriação crítica da tecnologia, partindo do contexto artístico, pode ser capaz de provocar uma série de rupturas e reconfigurações de padrões e normas vigentes.
Esta mesa propõe um debate sobre os desafios e estratégias para fortalecer a segurança digital, os cuidados digitais, a governança e proteção de dados e a autonomia tecnológica das organizações do terceiro setor e de profissionais que prestam suporte a essas iniciativas. A discussão abordará a precarização de prestadorxs de serviços, a dependência do terceiro setor de infraestruturas centralizadas e o impacto da terceirização da tecnologia da informação sem um planejamento estratégico adequado.
Profissionais de tecnologia que atuam junto a movimentos sociais e organizações sem fins lucrativos enfrentam condições de trabalho instáveis e competição desleal com soluções corporativas que não atendem às necessidades de autonomia e segurança dessas organizações. A proposta desta mesa é explorar caminhos para fortalecer esse ecossistema, considerando modelos sustentáveis de suporte técnico e governança digital que garantam maior autonomia e segurança para as organizações e profissionais envolvides.
Seu relógio inteligente acha que você está tendo um infarto. Só que não foi seu coração que falhou – foi o algoritmo.
Ataques adversariais não são ficção: são perturbações imperceptíveis em dados que enganam modelos de machine learning, fazendo um ECG doméstico interpretar ritmo cardíaco normal como taquicardia. Bem-vindo ao paradoxo da medicina de precisão: onde os ataques são ainda mais silenciosos e personalizados.
Nós do Núcleo de Tecnologia do MTST gostariamos de um stand para nos aproximar das pessoas participantes do evento. Ofereceriamos ao público a nossa cartilha de Soberania Digital Popular a partir do movimento sociais (https://nucleodetecnologia.com.br/cartilha/), além de adesivos e bottons. Gostariamos de fazer sorteio de outras coisas como camisetas, livros e o que mais pudermos levar que tenha a ver com o evento. O stand seria um espaço para conversar com o público, apresetnação dos nossos projetos de forma mais estruturada e um espaço de discussão e construção de relações.
Segurança digital pode parecer um mundo grande demais pra você explorar sem ninguém ao seu lado—entre tantos aplicativos e procedimentos, às vezes é difícil entender por onde começar e o que fazer. Sente-se conosco e vamos conversar sobre tudo que te confunde, te frustra, te causa dúvida, ansiedade, ou medo na sua vida digital. Traga as suas perguntas sobre golpes, "phishing", proteção de contas e aparelhos, e nós te ajudaremos a encontrar algumas respostas.
Um bate papo sobre militância comunista, e o uso das tecnologias para a derrubada do capitalismo. Criptografia, Inteligência artificial, podem resolver ou ajudar na luta contra o sistema capitalista? Por que os trabalhadores precisam acabar com o capitalismo?
Como cientista da computação e advogado, atuando como Perito judicial atuante a 21 anos para os tribunais de justiça (TJSP, TRF, TRT e MPSP CyberGaeco) com especialidade em proteção de dados pessoais, trago uma nova demanda Técnico-Jurídica: um novo modelo de ataque esta sendo perpetrado como a produção de conteúdo falso por uma I.A. que imitam a imagem e fala de uma recurso humano com a finalidade de enganar e obter alguma vantagem, geralmente financeira ou imputar um crime a alguém. Estas violações de dados pessoais (imagens, fala, comportamento natural, idiossincrasias, etc.), que agora encontra suporte na produção de conteúdo por I.A. amplamente acessível e disponível por qualquer usuário na internet. A ideia central é mostrar como o perito forense ou expert investigativo em meios digitais pode auxiliar o judiciário ou autoridade policial em demandas desta natureza, inclusive com base na no Marco Civil da Internet, nas PL 4939/20 e 2338/23, e ou ISO/IEC 42.001. Veremos exemplos de chamada de ações onde a I.A. criam ambientes de produção e manipulação.
EnRedadas es un proceso de formación política en tecnologías digitales con enfoque transfeminista ideado en el programa de derechos digitales “Navegando Libres” del Taller de Comunicación Mujer, organización feminista de Ecuador.
En Navegando Libres, contamos con una línea de acompañamiento en casos de violencia de género digital desde 2018, donde hemos generado diferentes estrategias para la formación de acompañantes. Durante el proceso, nos dimos cuenta que la formación política sobre tecnologías era clave para la preparación en la respuesta a ataques digitales. Además, observamos que en el contexto ecuatoriano, resulta urgente generar espacios de reflexión crítica sobre tecnologías que tengan un enfoque transfeminista y decolonial dirigidos a mujeres y personas de la diversidad de género y sexual. Sabemos que para las mujeres y personas LGBTIQ+, el uso de la tecnología puede entrañar situaciones de vulnerabilidad e inseguridad y creemos que transformar estas experiencias, implica juntarnos a compartir sentires, deseos y propuestas de cambio.
Proponemos compartir nuestra experiencia y generar un espacio de intercambio alrededor de los procesos de formación política sobre internet, las tecnologías digitales y el acompañamiento feminista.
A atividade tem como objetivo desmistificar os designs tecnológicos hegemônicos e as visões de futuro estabelecidas por esses arranjos sociotécnicos. Nossa proposta busca estimular o pensamento crítico e criativo entre os participantes e inspirá-los a aspirar futuros tecnológicos alternativos a partir de um exercício de desconstrução de artefatos tecnológicos vinculados à ordem algorítmica vigente. A atividade busca definir desenhos tecnológicos alternativos e, bem como suas visões de futuro associadas, como arranjos sociotécnicos legítimos, capazes de desestabilizar a ordem hegemônica no presente. Em resposta à destruição sistemática de futuros pela modernidade, postulamos a ideia de “futurização” como estratégia urgente para resistir à feitiçaria do progresso e à pobreza da monocultura de imaginários de futuro. Assim, defendemos a prática dos imaginários sociotécnicos especulativos como ferramenta para contestação da pretensa racionalidade tecnocientífica universal e afirmação da pluralidade ontológica, epistemológica e política sobre os futuros.
Muito tem sido debatido sobre tecnologia e vieses, representados pela persistência de convenções de gênero, raça, classe social, sexualidade, idade que se tornam formas de discriminação e diferentes formas de violência. Mais recentemente, esta discussão ganha novo fôlego a partir da popularização das ferramentas de inteligência artificial. Esta atividade quer problematizar a não neutralidade da tecnologia, tomando como base a IA, não apenas a partir dos bancos de dados, mas da própria concepção e construção das ferramentas.
Supor que apenas grandes bancos de dados sejam os responsáveis por reproduzir vieses na construção dessas tecnologias reduz a discussão a uma perspectiva tecnocrata e limitada. Na prática, o que observamos são tecnologias socialmente construídas, cujos desenhos, propósitos e aplicações refletem decisões humanas influenciadas por contextos culturais, históricos e sociais específicos. Tratar tais ferramentas como algoritmos neutros ignora que elas carregam valores, pressupostos e interesses inseridos durante todo seu processo de desenvolvimento, influenciando diretamente como operam e impactam diferentes grupos sociais. A atividade tem como principal objetivo oferecer ferramentas necessárias para analisar criticamente como Chat GPT e Gemini mimetizam essa observação.
Nesta palestra, buscamos discutir como leis e instrumentos normativos que visam proteger crianças e adolescentes online podem converter-se em ferramentas cerceadoras de direitos desses grupos, especialmente de meninas e crianças LGBTQIA +. A partir da observação de legislações do Norte Global, apontamos como tais medidas podem impactar o Sul Global em decorrência do caráter interconectado da Internet e do eco na legislação brasileira.
Gostaríamos de trabalhar o fenômeno dos artistas fantasmas presentes em playlists do Spotify, desde o seu escândalo inicial (2018), até o presente momento, com uso desenfreado de IAs, falta de regulamentação e piora na situação dos trabalhadores da música. Trazemos com esse tema alguns dados de pesquisas desenvolvidas pela 300noise e conjuntura política internacional com foco nas bigtechs e a ameaça iminente das desregulamentações em prol de roubo de arte para treinamento de IAs.
A partir de contos e brincadeiras anticolôniais e antiracistas procura trazer questões de segurança e cuidados de privacidade a primeira infância.
As tecnologias da informação e comunicação possibilitaram o surgimento de novas formas de violência relacionadas com gênero facilitadas por tecnologias (TFGRV, em inglês), havendo crescentes evidências das conexões entre violências online e offline.
Organizações da sociedade civil estão na linha de frente no desenvolvimento de respostas à violência de gênero online e offline. Quais organizações têm desenvolvido respostas à violência facilitada por tecnologias e que tipos de ações têm realizado, tanto online quanto offline? Este projeto teve como objetivo responder a essas questões por meio de uma etnografia multimodal junto a organizações da sociedade civil no Brasil, na Itália e na Espanha. Buscou-se revelar conceituações situadas da TFGRV, documentar e mapear práticas de combate e promover o intercâmbio internacional e o compartilhamento de conhecimentos sobre estratégias e ferramentas para construir internet e sociedades mais justas. A apresentação busca criar um espaço de discussão e intercâmbio sobre abordagens territorializadas ao cuidado feminista digital e percepções sobre o fenômeno da TFGRV baseadas em iniciativas locais.
Novos modelos "Large Language Models" avançam em poder de identificação e padronização de dados. Entender o funcionamento e aplicar novas técnicas de forma distribuída é vital para nova escala de poder computacional e político.
A proposta se baseia na aplicação dos princípios constantes do Código de Defesa do Consumidor e da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais de forma a conscientizar e alertar os consumidores sobre os riscos que a era da informação apresenta e como se proteger da desinformação e dos golpes on-line.
A atividade debaterá o impacto da incorporação de funcionalidades baseadas em Inteligência Artificial nos serviços de online dating em questões relacionadas com privacidade, uso de dados biométricos (como avaliação facial para indicação de potenciais matchs) até riscos de reforços de vieses racistas e estereótipos de gênero. Ao mesmo tempo, essas ferramentas têm sido utilizadas por grupos discriminados socialmente como um espaço seguro para encontrar novas parcerias afetivo-românticas e afetivo-sexuais. Pretendemos, nos dois primeiros momentos, expor o cenário atual e tendências a curto prazo sobre esses dois pontos e, em uma terceira fase, propor uma discussão coletiva entre os participantes da atividade sobre como é possível, dado o contexto atual, encontrar alternativas éticas e que, ao mesmo tempo, priorizem a privacidade e segurança dos usuários, para o futuro do online dating.
A teoria das janelas quebradas tem como base a ideia que se em um edifício, tivermos apenas uma janela quebrada e ela não for reparada, logo a tendência é que mais janelas sejam quebradas e com o tempo, logo o edifício todo será destruído. É uma "desordem" no sistema que vai se acumulando até um ponto que não conseguimos mais utilizar o espaço. Podemos usar essa analogia em um projeto de software (as janelas são o "débito técnico"), mas também em como organizamos nossas comunidades, quando deixamos de tomar pequenas decisões que se acumulam tornando nosso ambiente mais desorganizado, dificultando o nosso avanço e nosso projetos. Nesta palestra/conversa quero discutir o que podemos fazer para evitar isso e como pequenas atitudes podem manter a ordem em um ambiente que tende a desordem.
En Internet sucede parte importante de nuestras vidas. Desde los aspectos personales, laborales a nuestro activismo. Lamentablemente nuestra interacción en la red está mediada por pocas empresas que extraen nuestros datos motivadas por el capitalismo de vigilancia. Nuestros datos son explotados para la publicidad direccionada, manipulación mediática en elecciones, entrenar inteligencia artificial y muchos otros usos que violentan nuestra privacidad. En esta charla veremos la importancia del software libre para recuperar el control de nuestros datos y de nuestras vidas. El software libre nos provee autonomía, seguridad y libertad.
A proposição da Oficina "Tecnopolíticas de Retomada: bifurcar para resistir" é um desdobramento das oficinas realizadas nas edições 2024 e 2023 da Cryptorave. Pretendemos realizar junto aos participantes um diagnóstico das principais encruzilhadas tecnopolíticas contemporâneas, relativas à digitalização ubíqua e à expansão dos mecanismos de controle, extração e mercantilização da vida, e cartografar coletivamente iniciativas de resistência orientadas por horizontes de ação cosmopolítica, contra-colonial e anticapitalistas.
Um dos aforismos de “Um Manifesto Hacker”, de Mckenzie Wark, dizia: “os hackers usam seu conhecimento e sua perspicácia para manter sua autonomia”. Essa ainda nos parece uma formulação provocadora. Ao invés de nos mover na direção de uma “soberania digital” pensada nos termos da geopolitica dos estados-nação e seus projetos de poder e controle, preferimos nos perguntar: quais os arranjos sociotécnicos que podem sustentar autonomias ?
A ficção como um dispositivo de fortalecimento comunitário é apresentada nesse estudo de caso sobre a criação de novelas em formato de áudio num bairro rural da Serra da Mantiqueira como meio de abordar coletivamente temas complexos de maneira eficaz e segura.
Crítica hacker-fanoniana ao uso de tecnologias como I.A.s e drones, utilizadas por Israel no genocídio do povo palestino.
O que são deepfakes? Como identificá-las? Como se prevenir de ataques de Engenharia Social com deepfake? Na Crypto Report!
Ensino de programação nas periferias: educação como pilar da soberania digital popular. Rompendo exclusão, construindo autonomia pela tecnologia crítica e coletiva.
O Instituto Federal de São Paulo neste semestre tem realizado um percurso formativo, como curso livre, chamado Laboratório de Educações Emancipadoras Sociodigitais (Labees). É um espaço para educadores/as, futuros educadores/as, estudantes e participantes de movimentos sociais conhecerem, experimentarem e cocriarem práticas educativas que cultivem relações sociodigitais de humanização, protagonismo e sustentabilidade. Ao longo deste percurso, os/as participantes estão se inspirando, conhecendo e experimentando ferramentas e práticas presentes no ecossistema educativo de comunidades hacker e laboratórios cidadãos. O objetivo principal é contribuir para a formação crítica dos participantes no âmbito sociodigital, para que percebam-se criadores/as de cultura, superando a visão consumista, desconectada dos territórios, típica da cultura tecnológica vigente, transformando e projetando as ações que desenvolverão em seus cotidianos na continuidade de suas vidas.
Nesta atividade na Cryptorave gostaríamos de partilhar sobre o Labees e junto com os participantes refletir sobre os elementos que devem ser estruturantes para as educações que buscam ser emancipadoras nos contextos sociodigitais.
Testando a Segurança dos Dados na Era da Inteligência Artificia
La investigación documenta la venta automatizada de datos personales en canales y grupos de Telegram en Brasil, Perú y Argentina. A través de la búsqueda, monitoreo y análisis de más de 25 espacios, se identificó la comercialización de datos que incluyen información básica, así como datos sensibles: direcciones, historial financiero, nivel socioeconómico, condiciones de salud, antecedentes penales o judiciales, etc.
Los hallazgos muestran un ecosistema ilegal donde la información de la ciudadanía se comercializa con impunidad. Muchos de estos datos provienen de filtraciones y vulnerabilidades, incluso en tiempo real de sistemas de entidades públicas, lo que compromete directamente la responsabilidad de actores gubernamentales. La exposición no afecta por igual a todos: los riesgos se agravan para mujeres, personas LGTBIQ+, migrantes, periodistas, activistas y personas en situación de vulnerabilidad económica, quienes enfrentan formas específicas de violencia digital y física cuando su privacidad es vulnerada.
El uso de Telegram, una plataforma con escasa trazabilidad, evidencia fallas estructurales en la protección de datos y la responsabilidad. Este trabajo visibiliza la dimensión interseccional de esta problemática y contribuye a la exigencia de justicia digital.
A oficina apresentará a ferramenta Acha Spyware, desenvolvida pela Associação Todas as Letras, que torna mais acessível a detecção de spywares em dispositivos Android e iOS. Baseada na Mobile Verification Toolkit (MVT), nossa adaptação inclui uma interface gráfica em português que simplifica o processo, embora ainda requeira conhecimentos técnicos básicos.
Esta atividade complementa a palestra sobre o projeto, oferecendo um espaço prático para os participantes testarem a ferramenta em seus próprios dispositivos com o auxílio de nossa equipe técnica. Explicaremos o processo de análise forense, o funcionamento dos indicadores de comprometimento (IOCs), e como interpretar os resultados.
É importante ressaltar que esta é uma ferramenta experimental em desenvolvimento, e um dos principais objetivos da oficina é criar uma comunidade de pessoas interessadas em contribuir para seu aprimoramento. A oficina é especialmente relevante para quem já trabalha com segurança digital ou áreas técnicas correlatas, servindo como um ponto de encontro para troca de experiências e conhecimentos.
O documentário conta a história da Birosca, uma Coletiva de Mulheres que pensava a tecnologia incluindo uma perspectiva de gênero, dentro de um contexto de internet livre e acessível. A Coletiva foi criada no início dos anos 2000, antes das Big Techs e das redes sociais dominarem a tecnologia.
A automação residencial traz conforto e eficiência, mas também expõe os moradores a riscos significativos quando dispositivos conectados não são devidamente protegidos. Sensores, câmeras, fechaduras e assistentes virtuais podem ser explorados para mapear o comportamento dos residentes, comprometendo sua privacidade e segurança.
Nesta oficina, demonstraremos como a falta de integração segura e boas práticas na configuração de dispositivos IoT com a rede MQTT pode abrir brechas para ataques cibernéticos. Serão abordados os principais riscos, como interceptação de dados, invasão de dispositivos e ataques de negação de serviço (DoS), além de estratégias para mitigar essas ameaças e tornar sua casa inteligente mais segura.
A plataforma Dinheiro Público, Código Público é um projeto da Comunidade Software Livre #43 - baseada na campanha de mesmo nome realizada pela Free Software Foundation Europe (FSFE) - com o objetivo de realizar o abaixo assinado de uma carta aberta exigindo implementação de legislação requerendo que todo software financiado com recursos públicos para o setor público seja feito sob uma licença de Software Livre.
Este conversatorio presentará iniciativas regionales que impulsan tácticas y herramientas de protección digital para personas defensoras de derechos humanos frente a amenazas como el spyware y la tecno-vigilancia. A lo largo de la sesión, discutiremos cómo mejorar la capacidad de prevención y respuesta, proporcionando información práctica que ayude a fortalecer la protección digital de las personas defensoras de derechos humanos en la región.
Analizaremos cómo la cooperación entre organizaciones contribuye a identificar los perfiles más expuestos a estos ataques y los contextos donde ocurren con mayor frecuencia.
También exploraremos las opciones actuales para detectar estas amenazas, revisaremos estrategias de respuesta implementadas por organizaciones defensoras y discutiremos dónde acceder a información y apoyo para la prevención proactiva.
Además, abordaremos algunos impactos psicosociales del uso de spyware documentados en la región y reflexionaremos sobre cómo el sector tecno-activista puede contribuir a comprender y mitigar estos efectos.
Este espacio busca compartir conocimientos, experiencias y recursos clave para fortalecer la seguridad digital de quienes enfrentan estos riesgos, y además recibir retroalimentación de las asistentes.
A palestra discute como provedores comunitários de internet podem garantir conectividade significativa — acesso estável, relevante e controlado pelas comunidades — em territórios urbanos e rurais. Partindo de experiências como as Cozinhas Solidárias do MTST, onde Wi-Fi gratuito virou ferramenta de inclusão digital e organização política, exploramos desafios e soluções para redes autônomas. Abordamos a diferença entre modelos urbanos (como ocupações) e rurais (como quilombos), destacando casos como a Rede Mocambos e o MariaLab. Também discutimos letramento digital crítico, essencial para combater desinformação e dependência de plataformas corporativas. Por fim, apresentamos propostas para políticas públicas e infraestruturas locais que priorizem soberania tecnológica, reduzindo desigualdades e fortalecendo direitos digitais. A palestra é um convite para repensar a internet como bem comum, não mercadoria.
Jornalistas e defensores dos direitos humanos frequentemente utilizam um único computador para tarefas pessoais e profissionais, o que aumenta o risco de vazamento de dados, vigilância e comprometimento da confidencialidade.
Nesta palestra apresentaremos Tails, um sistema operacional seguro e portátil, projetado para proteger a privacidade, permitir a comunicação anônima e garantir a sua segurança digital.
Bichinha do mangue / Vídeo, imagens geradas con IA e videoStories do Instagram / duração: 4′ 13” / ano 2023
+ informação: carlalombardo.com
A apresentação buscará mostrar as tentativas e alternativas para a criação de uma infraestrutura soberana, distribuída e participativa para o treinamento de aprendizado de máquina, independente das Big Techs, com baixo impacto ambiental e com a finalidade de democratizar o acesso ao treinamento de modelos complexos.
A oficina “Cidades brasileiras entre pesadelos distópicos, presentes vigiados e futuros possíveis: uma oficina sobre vigilância urbana massiva a partir da disputa de imaginários” tem como objetivo utilizar recortes narrativos de obras de ficção distópica como ponto de partida para discutir como cenários urbanos brasileiros contemporâneos, a partir do uso das tecnologias digitais, estão se aproximando ou reiterando práticas de violação sistemática de direitos. Cenários distópicos retratados em obras como “1984”, “Admirável Novo Mundo”, “A parábola do semeador”, “Fahrenheit 451”, e “Não verás país nenhum” parecem cada vez mais materializados na realidade, com as tecnologias digitais tendo um papel fundamental desses modos de controle e vigilância .
Para além disso, a oficina também busca, a partir de processo colaborativo entre os participantes, imaginar e construir visões de cidades que contrariem as lógicas de vigilância urbana. Esse é um cenário que precisa ser discutido em diálogo com outras preocupações, como a própria violência de Estado promovida por agências de segurança, injustiça ambiental, da desestruturação das condições de saúde e educação pública, entre outras dimensões essenciais da vida.
Há pelo menos duas décadas, o Turcomenistão figura entre os países com menor liberdade de expressão no mundo, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Empresas de tecnologia como a Cloudflare frequentemente registram apagões quase totais da internet no país e há bloqueio total de todas as redes sociais, aplicativos de mensagens, serviços de VPN e muitos serviços de nuvem.
Nos últimos três anos, o governo Turcomeno intensificou ainda mais esse controle com a criação de uma nova Agência de Cibersegurança, elevando a censura digital a níveis inéditos e restringindo severamente o uso de ferramentas anticensura como VPNs e Tor.
Recentemente, o site investigativo Turkmen.news revelou que essa crescente repressão online se converteu em um esquema altamente lucrativo.
Neste workshop, jornalistas aprenderão a proteger suas comunicações e dados por meio de ferramentas e boas práticas de criptografia. Serão abordados conceitos fundamentais de segurança digital, incluindo o uso de VPNs para navegação segura, criptografia de ponta a ponta em mensagens e e-mails, além de estratégias para a criação e o gerenciamento de senhas fortes. O objetivo é capacitar os participantes a minimizar riscos e garantir a confidencialidade de suas fontes e informações sensíveis no ambiente digital.
Algumas das ferramentas que serão utilizadas:
Private Browser: Firefox Focus, Tor
Privacy Email: GNU Privacy Guard: Email Encryption
CloudStorage: NextCloud
VPN: Mullvad
File Encryption: VeraCrypt:
PasswordManager: KeepassXC
Privacy Messaging: Signal
A internet como infraestrutura, ela propriamente dita, tem um berço incomum: encomendada com objetivos militares e criada por acadêmicos dos EUA, essa joia quando entregue pela comunidade técnico-científica à sociedade na década de 90 vem sendo desfigurada ao ponto de se tornar quase irreconhecível. Após ter atingido seu apogeu - com um papel central na cultura, na política, nas relações humanas e na economia - quando notada pelos detentores do poder acabou tornando alvo de ações que tem descaracterizada essa que é a maior obra da humanidade.
Nesta apresentação e apelo à preservação da internet, Ayub mostra quais elementos na criação dessa rede foram perdidos ao longo da trajetória e quais são os elementos técnicos, políticos e econômicos do presente que estão encaminhando a internet que hoje conhecemos para sua morte.
O jogo narrativo digital "Não Seja Malvado" visa educar jovens a partir de dez anos sobre a política de privacidade da Google, com foco em estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Através de personagens e fases interativas, o game apresenta informações sobre como a empresa realiza a coleta massiva de dados de seus usuários, suas finalidades, como são vendidas e que medidas usuários podem adotar para proteger suas informações. O objetivo final é que os jogadores compreendam a importância da proteção de sua privacidade, dos seus dados e conhecem alternativas open-source aos serviços da Google.
A computação quântica é uma realidade, apesar de ainda não termos disponível um computador quântico criptograficamentem relevante, precisamos pensar em como atuaremos para entender os artefatos criptográficos que utilizamos hoje e como vamos trabalhar para temos um mundo com criptografia pós quântica em operação.
A proposta consiste em um debate interativo sobre o uso de spywares no Brasil e as estratégias de resistência desenvolvidas pela sociedade civil. O Malhas Digitais, programa de apoio a análises forenses de spywares, apresentará casos concretos de monitoramento ilegal, os impactos da vigilância governamental e corporativa, e os desafios técnicos e políticos para mitigar tais ameaças.
A sessão também será um espaço para compartilhar as experiências de pesquisadores, ativistas e desenvolvedores que trabalham com detecção e análise de spywares, explorando soluções de contra vigilância e ferramentas de proteção digital.
Este workshop interativo explora a violência de gênero facilitada por tecnologias, destacando como plataformas digitais intensificam ataques contra mulheres e pessoas de gênero diverso, reforçando desigualdades sistêmicas. Utilizando a plataforma Eureka e seu recurso “Momento Eureka”, participantes analisam trechos do livro Querido babaca, da Virginie Despentes, além dos documentários 15 Minutes of Shame e Another Body, abordando desde a cultura do cancelamento até o impacto de deep fakes. O evento é estruturado em duas discussões principais: a primeira aprofunda percepções e consequências da violência digital; a segunda debate quem são os agressores que perpetuam essas violências e quais estratégias podemos utilizar para enfrentá-la, considerando, inclusive, como engajar em diálogo e promover possíveis mudanças de comportamento entre perpetuadores, reunindo participantes de academia, sociedade civil e setor público para propor ações concretas. O workshop culmina num exercício criativo em que os participantes imaginam futuros digitais livres de violência, estimulando colaboração e soluções práticas para ambientes online mais seguros e inclusivos. O objetivo é transformar a reflexão crítica em ação coletiva, promovendo responsabilidade compartilhada na construção de espaços digitais equitativos.
"Precisamos de uma oficina de segurança digital!"
Quem atua com formações em segurança com certeza já ouviu esta frase. Quem atua em movimentos sociais, em algum momento, também pode ter visto seu grupo manifestar esse anseio.
Sabemos faz tempo que oficinas pontuais não resolvem. Mas construir uma formação contínua tem se mostrado um desafio.
A partir das experiências do plano estratégico da "Segurança de Pés Descalços" (spd.libertar.org), convidamos quem tem interesse no tema a debater os motivos das dificuldades, e formas de enfrentá-las.
Pretendemos analisar algumas das principais posições encontradas na literatura crítica sobre as tecnologias da informação e da comunicação, identificando que as noções de extrativismo de dados, de Morozov (2018), de mais-valor comportamental, de Zuboff (2021), e de mercado de dados, proposta por Amadeu (2019), partilham de um pressuposto, por vezes implícito: a neutralidade da tecnologia, a ideia de que os efeitos benéficos ou maléficos de uma tecnologia são frutos de seu uso. Segundo nossa interpretação, esse pressuposto seria índice de como esses autores priorizam de saída uma solução política para os efeitos maléficos das TICs – o tecnoutopianismo realista em Morozov, a mobilização democrática em Zuboff e a soberania digital em Amadeu –, o que interdita uma análise crítica e sistemática das TICS como aquela realizada por Julian Assange (2013), que prioriza a análise da infraestrutura de produção das TICs.
A atividade tem como objetivo abordar brevemente o cenário dos documentos normativos de educação digital, como PNED e BNCC, e sua insuficiência pro contexto brasileiro; e também apresentar o projeto TecnoAncestral, conduzido pelo C-Partes (Centro de Pesquisa e Ativismo de Rondônia sobre Tecnologia, Estado e SocioBiodiversidade) com apoio da ReFarma, que realizou um trabalho de campo focado nestes pilares junto à juventude de uma comunidade ribeirinha de Porto Velho-RO. Propõem-se uma atividade conjunta baseada na Pedagogia da Autonomia em que provocaremos o público a questionar como aprendem sobre tecnologia, com quem aprendem e os motivos de aprenderem, como forma de reflexão ativa sobre o assunto; além de promover o debate sobre tecnologia, ensino, ancestralidade, regionalidades e afeto.
Nos últimos anos, o Brasil busca formular um modelo próprio para a regulação da inteligência artificial (IA), equilibrando inovação e proteção de direitos, especialmente a partir do Projeto de Lei 2338/2023. Paralelamente, o Judiciário brasileiro avança no uso e desenvolvimento de IA para a otimização de processos, o que levou o Conselho Nacional de Justiça a editar a Resolução 615/2025 sobre o tema. Nesse cenário, o painel propõe um debate sobre a articulação entre a governança geral da IA e a aplicável ao poder judiciário. Para isso, serão abordados os pontos centrais da Resolução 615/2025 do CNJ e do PL 2338/23, com foco nas medidas específicas para o Poder Público, em especial questões relacionadas à classificação de risco, critérios de auditabilidade e transparência, sistemas de governança e os limites possíveis à contratação de empresas privadas pelo poder público. O objetivo central é identificar convergências, tensões e caminhos possíveis para uma governança integrada, segura e constitucional da IA, com foco para o Judiciário.
A expansão dos data centers impulsionada pela popularização da inteligência artificial e dos serviços digitais têm impactos socioambientais e climáticos profundos, que frequentemente são invisibilizados pelo discurso do progresso tecnológico. Enquanto essas infraestruturas são vistas como motores de desenvolvimento econômico, sua implementação tem gerado um consumo massivo de energia, sobrecarga dos recursos hídricos, aumento da produção de lixo eletrônico e intensificação das desigualdades sociais.
Nesta atividade, discutiremos o impacto dos data centers no Brasil e na América Latina, abordando como políticas públicas e incentivos governamentais estão sendo moldados para favorecer a indústria sem considerar as consequências socioambientais e os direitos das populações atingidas. Também refletiremos sobre as estratégias da sociedade civil para exigir maior transparência e responsabilidade no setor, garantindo que qualquer proposta de transformação digital respeite a natureza.
El reconocimiento facial está avanzando rápidamente en América Latina, impulsado por gobiernos y empresas que prometen seguridad y eficiencia. Sin embargo, detrás de esta fachada tecnológica se esconde una realidad alarmante: estas tecnologías están siendo implementadas sin marcos regulatorios adecuados, sin transparencia, y sin evaluaciones de impacto en derechos humanos. Lo más grave: están reforzando estructuras de vigilancia masiva, criminalización de poblaciones vulnerables y discriminación automatizada.
Este panel se centrará en los casos de México, Paraguay y Brasil, tres países donde cámaras de reconocimiento facial se están utilizando masivamente en los estadios de fútbol. Analizaremos cómo esta tecnología expone especialmente a personas racializadas, socialmente excluidas y disidentes, y cómo convierte a los hinchas en objeto de vigilancia masiva, restringiendo sus derechos. Su uso desproporcionado en contextos autoritarios y desiguales representa una amenaza sistémica para las democracias latinoamericanas.
Palabras claves: Privacidad, seguridad, derechos humanos.
A atividade tem como objetivo sensibilizar a comunidade Cryptorave sobre a importância de preservar o patrimônio digital brasileiro, abordando iniciativas internacionais e nacionais de arquivamento de conteúdo da Web. Serão discutidos os desafios do apagamento digital, evidenciado pela perda de informações essenciais sobre a sociedade, e a necessidade urgente de políticas públicas para garantir a preservação do conteúdo digital nacional, fundamental para o acesso à informação das futuras gerações e a governança da Internet. Além disso, a proposta apresentará exemplos e práticas de arquivamento, com o intuito de destacar a urgência de adotar ações concretas para evitar a perda dessa memória social e histórica.
Os dados públicos sobre conectividade no Brasil são uma ferramenta fundamental na luta contra a exclusão digital, mas sua disponibilização em formatos excessivamente técnicos e pouco acessíveis impede que movimentos sociais e comunidades vulnerabilizadas possam utilizá-los para reivindicar seus direitos. Enquanto grandes corporações e especialistas dominam essas informações, aqueles que mais precisam delas permanecem à margem das decisões sobre infraestrutura e conectividade. Nesta atividade, nós, do Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS), vamos questionar esse modelo e discutir como tornar os dados sobre conectividade verdadeiramente públicos, acessíveis e estratégicos para a sociedade civil. Funcionando como um grupo focal dinâmico, a atividade apresentará exemplos de painéis de dados e convidará os participantes a compartilhar desafios na interpretação dessas informações, identificando barreiras e propondo melhorias. Com uma mediação engajada, exploraremos como a transparência ativa pode ser um instrumento de poder para fortalecer a incidência política e garantir que a conectividade significativa seja construída coletivamente, e não determinada apenas por aqueles que controlam os dados.
Essa atividade terá um formato aberto de 'clínica' com ajuda individualizada para quem quiser levar seu celular e fazer uma das seguinte atividades:
-Instalar ferramentas seguras de Software-livre em seu celular (Tor, Tella, TunnelBear, Firefox, Aegis, Signal, etc)
-Fazer um processo orientado de 'triagem' para detectar se há indícios de software espião, Stalkerware ou aplicativos de monitoramento legítimos configurados de forma suspeita.
OBS: Essa atividade poderá acontecer em paralelo às demais e poderá ter uma duração um pouco maior (3h +-). O ideal é que ela aconteça no local da Installfest, pois permite conversas paralelas e tem um acesso dedicado à internet, além de muitas tomadas e cadeiras.
Nesta atividade, vamos fazer uma introdução ao mundo das Provas de Conhecimento Zero (Zero-Knowledge Proofs, ZKP). Vamos explorar o que são, como funcionam e por que estão revolucionando a privacidade e a segurança no ecossistema blockchain.
Como podemos convencer nosso interlocutor de que conhecemos uma informação sem revelá-la? É possível provar que somos maiores de idade sem expor nosso documento completo e outros dados sensíveis?
A resposta é SIM! Graças às ZKP, podemos alcançar esse nível de segurança e privacidade sem comprometer a integridade dos sistemas.
Por meio de exemplos concretos e aplicações do mundo real, veremos como esta tecnologia abre novas possibilidades em identidade digital, transações privadas e escalabilidade, permitindo sistemas mais seguros e eficientes sem abrir mão da confidencialidade.
O Núcleo de Tecnologia do MTST atua na interseção entre trabalho e tecnologia digital, enfrentando os desafios e apoiando lutas dos trabalhadores. A palestra discutirá iniciativas desenvolvidas em colaboração com trabalhadores de tecnologia e trabalhadores de plataformas, considerando apropriação e criação de tecnologias alinhadas a objetivos políticos, além dos limites técnicos e organizacionais enfrentados. Serão abordadas quatro frentes: desenvolvimento de sistemas para trabalho em plataformas, como Contrate Quem Luta e Plataforma Señoritas; projetos de educação e inserção profissional para jovens periféricos; uma visão crítica dos trabalhadores de tecnologia sobre a concorrência com grandes plataformas; e a atuação do Núcleo no Conselho Nacional de Proteção de Dados, analisando como a coleta massiva de informações agrava a exploração do trabalho.
A adoção das TICs em diversas esferas resulta na crescente dataficação das atividades humanas, servindo a múltiplos interesses, do marketing ao controle estatal. Tecnologias como computação móvel, reconhecimento biométrico e Internet das Coisas formam uma infraestrutura de vigilância sobreposta e integrada, impactando a Internet, os direitos e as liberdades fundamentais, além de transformar o próprio tecido social e as relações humanas.
Neste contexto, algumas perguntas se apresentam: vivemos em uma sociedade que acumula práticas, valores e tecnologias de vigilância? Quais as consequências desse acúmulo? Como isso reconfigura nossas relações sociais?
Esta oficina discutirá como a vigilância se acumula social e tecnicamente, ampliando-se para diferentes esferas, como educação, saúde, segurança, trabalho e relações afetivas. O objetivo é explorar como essa expansão modifica interações cotidianas, produz novas assimetrias de poder e intensifica mecanismos de controle social.
Assim como a modificação corporal, o Biohacking é um meio expressão. Além de meros biochips com gifs de gatinho, essa cultura põe em prática a liberdade dos corpos e das escolhas, também atraindo diversas críticas.
A atividade analisará os desafios do controle democrático sobre a vigilância estatal, tendo como pano de fundo o crescente poder invasivo das novas tecnologias e a fragilidade dos mecanismos de fiscalização. Em forma de apresentação interativa, discutiremos três aspectos: (1) o alcance e complexidade da atividade de inteligência contemporânea; (2) as limitações do sistema de controle atual; e (3) os caminhos para melhorar a fiscalização, tendo como base experiências internacionais. O debate buscará iluminar o delicado equilíbrio entre o necessário sigilo das ações de inteligência e o imperativo democrático da accountability, tecendo reflexões sobre como podemos - efetivamente - vigiar os vigias.
Em um mundo cada vez mais dependente de serviços na nuvem, confiar em terceiros para armazenar e processar nossos dados se tornou a norma. Mas será que precisamos abrir mão da privacidade e do controle sobre nossas informações? Nesta palestra, exploraremos o conceito de homelab e self-hosting como alternativas para quem busca autonomia digital, segurança e aprendizado contínuo.
Discutiremos como criar e gerenciar sua própria infraestrutura, hospedando serviços essenciais sem depender de grandes corporações. Também abordaremos os desafios e as melhores práticas para garantir privacidade, proteção de dados e eficiência ao operar um ambiente doméstico de testes e experimentação.
Seja você um entusiasta de tecnologia, um profissional da área ou alguém preocupado com a centralização da internet, essa palestra mostrará como um homelab pode ser uma poderosa ferramenta para aprendizado e liberdade digital.
Inspirada em sintetizadores de vídeo analógicos e processadores de imagens vintage, a Hydra é uma ferramenta livre, gratuita e colaborativa que funciona diretamente no navegador para a geração de visuais por meio de técnicas de live coding.
A ideia é fazer uma exposição de 30 minutos sobre o Guia impresso do Podcast Tecnopolítica que contém o resumo de 50 episódios selecionados. O guia traz também resumos das discussões sobre o capitalismo de vigilância, da plataformização da economia, do colonialismo digital, de dados e dos embates pela construção de infraestruturas digitais soberanas, dos impactos ambientais devastadores do modelo de negócios baseado na coleta e tratamento permanente de dados, do racismo em seu modo algorítmico, da derrocada da ingenuidade diante das Big Techs e da internet, das perspectivas foucaultianas, deleuzianas e da retomada do marxismo como referência indispensável para compreender a tecnologia diante do turbulento cenário atual.
Uma oficina sobre como ferramentas de código aberto podem ajudar a manter sua família longe das Big Techs
Uma palestra sobre como corpos transmasculinos desafiam as normas da tecnologia, desde a linguagem até o cooperativismo digital. Partindo de experiências no Brasil e na Argentina, discutirei:
Linguagem como criptografia: identidade boyceta, Pajubá e disputas sobre o termo cuír;
Tecnologias sociais em cooperativas trans como ferramentas de autonomia;
Privacidade para corpos dissidentes: como a vigilância de gênero exige novas estratégias de segurança digital.
Trarei exemplos da cooperativa Señoritas Courier e da pesquisa WOIP, com exibição da minha ilustração tatuada (uma "assinatura" transmasculina). A palestra termina com um debate sobre como criar redes seguras e anticoloniais.
Mesa de debate com a convidada internacional Chelsea Manning, que estará online, e mediação de Veridiana Alimonti.
Chelsea é especialista em hardware seguro e representante de relações públicas da Nym. Como uma ex-soldada do exército dos EUA que divulgou documentos militares e diplomáticos confidenciais à WikiLeaks para revelar vítimas civis e violações dos direitos humanos, conhece bem a necessidade de privacidade digital e o âmbito da vigilância global.
Veridiana Alimonti é diretora associada de políticas na América Latina da Electronic Frontier Foundation. É advogada, doutora em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da USP, com mestrado em Direito Econômico pela mesma instituição. Seu trabalho se concentra na intersecção entre tecnologia e direitos humanos, como privacidade e liberdade de expressão. Foi estudante visitante no Departamento de Proteção de Dados do Conselho da Europa e representante do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
Cortejo da Fanfarra Clandestina - Saída da frente da Biblioteca até o local da Festa!
O coletivo Meiolab apresenta o Cinema Manual para realizar projeções híbridas e interativas no espaço da Cryptorave de 2025. Num cenário onde o espaço de comunicação digital está cada vez mais feudalizado, o encontro criativo presencial das escritas se dá em plataforma aberta de ‘postagens’ ao vivo, exibidas em tela, na forma de jogos recombinatórios, codificação de imagens ao vivo, arqueologia das mídias, musealização em tempo real do plastoceno e do entulho industrial lúdico.
Show Jovem Palerosi
Show CRACA
Roda de Código é uma performance coletiva na qual algoritmos são escritos colaborativamente para gerar som e/ou imagem em tempo real. O código é compartilhado entre os participantes e projetado, juntamente com as imagens geradas, permitindo que o público acompanhe a evolução do código e sua relação com o resultado final.
Show Retrigger
DJ Set - Nega Dither
DJ Set - Volooptaz
Apresentação de DJ SET de darkwave, techno e ebm (vertentes da música eletrônica).